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Channel: Tudo Mudou » Líbia

Internet Kill Switch

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Internet Kill Switch

Já há muito nos tínhamos habituado ao facto que a China controla todos os acessos bem como o que os seus cidadãos podem ou não consumir através da Web. Mas quando o Egito decidiu desligar a Internet no seu país, muito ficaram a pensar se o mesmo podia ser feito no seu país.

Mesmo que o total corte da Internet no Egito tenha tido o inverso efeito, desta vez foi a Líbia que decidiu fazer o mesmo. Não se podia esperar que o Muammar Al-Gaddafi tivesse aprendido alguma coisa com o Egito dado a sua insistência em matar o seu povo, supostamente aqueles que ele diz estar pronto a morrer para proteger.

Mas o mesmo podia acontecer em Portugal? Claro. E não devíamos estranhar. A razão é muito simples – os principais ISPs, aqueles que fornecem o nosso acesso à Internet, são poucos e desta forma uma ordem para os fechar teria um impacto imediato. Onde se torna mais complicado, é em países como os Estados Unidos pois existem milhares de ISPs. Mas, claro, a instituição política dos States encontrou uma solução para isso utilizando a mesma tática para “combater” o terrorismo e as armas de destruição massiva – o medo.

Em Junho de 2010, os senadores Joseph Lieberman, Susan Collins e Thomas Carper introduziram o bastante controverso “Protecting Cyberspace as a National Asset Act of 2010 [PDF]″. É de salientar a provisão para que o presidente possa “autorizar medidas de emergência para proteger as infraestruturas da nação (EUA) caso exista uma vulnerabilidade através de um cyber attack.” Ficou assim conhecido como o “Internet Kill Switch”.

Mas um relatório da OECD [PDF] pela London School of Economics e a University of Oxford, analisaram a probabilidade e impacto de cyber-events causarem rupturas em grande escala e verificaram um exagero não só no próprio conceito bem como a linguagem utilizada para descrever tais probabilidades. Verificaram também que seria pouco provável um cyber attack causar tais danos em termos globais.

No mesmo relatório, verificaram que ao fechar o acesso à Internet poderia ter um maior impacto negativo que positivo dado a dependência criada na Internet no nosso quotidiano. A Internet tem se revelado imprescindível durante catástrofes dado que tem exibido uma maior resistência a crises ao contrario das mais tradicionais formas de comunicar. Não devíamos ficar surpreendidos dado que a Internet foi criada com esse preciso objectivo – sobreviver um ataque em larga escala.

O raciocínio de Lieberman para ter um kill switch parece tão patético como o próprio conceito, por menos na forma como o justificou durante uma entrevista com a CNN:

“Neste momento, a China, o governo, consegue desligar partes da sua Internet no caso de uma guerra existir. Nós necessitamos de ter isso aqui, também.”

Mas para aqueles mais preocupados com este kill switch podem descansar dado que Lierberman assegurou que o presidente “não o fará todos os dias”. A legislação teve que ser alterada para ganhar total aprovação e assim apareceu com um novo nome Cybersecurity and Internet Freedom Act of 2011 [PDF] – desta vez a utilização de Internet Freedom tenta acalmar os mais sépticos mesmo que esteja a ser utilizada de forma irónica. O facto que foi introduzida no mesmo dia em que Obama dizia a Egito para voltar a ligar os acessos à Internet.

A pior explicação da necessidade de ter um kill switch vaio da Susan Collins que explica que o presidente poderia “desligar qualquer infraestrutura que liga e controla as comportas do Hoover Dam”. Felizmente a agência responsável pela Hoover Dam vaio desmentir este perigo dado que os seus sistemas não estão ligados à Internet e tem vários pontos de segurança (tecnológicas e físicas) para evitar que as comportas sejam abertas por terceiros ou por erro.

E em Portugal? Será que Socrates ou Cavaco tem um kill switch para nos calar? Dado a nossa passividade como povo, não me parece ser necessário. Mesmo que aconteça, o impacto será pior para quem segue futebol – ficar sem acesso à Bola poderá levar-nos à beira de uma guerra civil.

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Assange De Volta e Desta Vez Para Nos Avisar Da Apple, Google, BlackBerry e Muitos Outros

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Assange E Big Brother

“Quem aqui tem um iPhone, quem tem um BlackBerry, quem utiliza Gmail?” perguntou Assange. “Estão todos lixados,” ele continuou “a realidade é que operações de inteligência estão neste momento a vender sistemas massificados de vigilância para todos estes produtos”. E assim volta Assange aos ecrãs com os seus avisos.

Para alguns, Assange não é mais nada que um paranóico em busca de atenção, para outros, Assange representa o solidário que nos representa contra a sociedade Big Brother.

Mas Assange foi mais longe, declarando que:

“iTunes has a flaw in it and that flaw is automatically used by some of these [surveillance] companies to take over whatever computer system is running iTunes. And there are these sorts of backdoors into every popular phone, into every popular computer and every popular computer program.”

Tudo isto, numa altura em que a Wikileaks alega que em 25 países, existe uma massificação de intercepção de dados pessoais vendidos por empresas especializadas em vigilância e ninguém está imune.

Já a empresa Carrier IQ era acusada de fazer o mesmo sendo obrigada a “clarificar” a utilização dos seus serviços.

Seja iTunes, empresas como a Carrier IQ ou outras formas de utilizar o seu smartphone como meio de bisbilhotar a sua vida profissional e pessoal, algo preocupante surge no meio de tudo isto.

Aparentemente, qualquer email e telefonema que recebe e envia, cada local que visita fisicamente ou virtual – está tudo supostamente disponível para qualquer governo, ISP, fabricante de aparelhos mobile e/ou operadora celular ter acesso à sua informação, mesmo quando não está ligado à Web ou rede celular.

A Carrier IQ é um exemplo de uma empresa internacional de vigilância que vende a sua tecnologia a qualquer um disposto a comprar. Mas o serviço é vendido como uma ferramenta de analise para manter um serviço optimizado.

O problema reside não no facto que a informação poderá ou não ser utilizada mas sim que o software permite gravar informação pessoal incluindo o conteúdo dos seus emails.

Mas algo substancial deverá existir nestas acusações para levar a Carrier IQ, bem como inúmeras outras empresas semelhantes a justificarem o seu serviço. E porque devemos acreditar agora nelas quando nunca fomos avisados da nossa potencial exposição ao exterior. Sério deve ser pois a Apple emitiu a seguinte informação (vaga):

“We stopped supporting Carrier IQ with iOS 5 in most of our products and will remove it completely in a future software update,” Natalie Harrison, explicou a porta voz da Apple. With any diagnostic data sent to Apple, customers must actively opt-in to share this information, and if they do, the data is sent in an anonymous and encrypted form and does not include any personal information.”

Enquanto utilizadores de iPhones e iPads podem agora sentir-se mais seguros, o mesmo já não se pode dizer de outros, dado que muitos, incluindo a Samsung, já admitiriam utilizar este sistema.

Tudo isto surgiu nos mais recentes eventos no Medio Oriente, quando cidadãos do Egito e Líbia encontraram postos de escuta com equipamento de vigilância de vários países incluindo a Grã Bretanha, França e China.

Para quem tiver muito interesse e paciência, fica aqui uma longa explicação:

httpv://www.youtube.com/watch?v=T17XQI_AYNo

 

(Imagem: Gizmodo)

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